Entre elites

carlistas, lulistas e a configuração política da Bahia

Autores/as

  • Ana Quele Passos Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Maurício Ferreira Silva Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

DOI:

https://doi.org/10.14295/principios.2675-6609.2024.170.011

Palabras clave:

Representação política, Elites políticas, Política baiana, Carlismo, Lulismo

Resumen

Este estudo aborda o perfil sociopolítico das elites políticas na Bahia, com foco na análise comparativa entre o carlismo e o lulismo, grupos de poder que protagonizam a representação política do estado após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Para o entendimento dessa dualidade representativa, o quadro analítico aqui utilizado incluiu os governadores, os deputados federais e os senadores eleitos em nove processos eleitorais entre os anos de 1990 e 2022. A pesquisa utilizou a estatística descritiva e teve a coleta realizada através do Portal de Dados Abertos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A unidade de observação correspondeu às biografias individuais, e a unidade de análise, aos representantes do carlismo (membros do extinto Partido da Frente Liberal — PFL —, do sucessor Democratas — DEM — e do atual União Brasil) e do lulismo (reunidos no Partido dos Trabalhadores — PT) na Bahia. Os resultados evidenciam que, mesmo vinculados a espectros ideológicos distintos, carlistas e lulistas apresentam perfis semelhantes, exprimindo a sobrerrepresentação de homens, com alto grau de escolaridade e oriundos de profissões liberais, convergindo para o quadro das elites nacionais. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ana Quele Passos, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Bacharela e mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Doutoranda em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Maurício Ferreira Silva, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Professor associado de Ciência Política e docente permanente nos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) e Política Social e Território (Posterr) da UFRB.

Citas

BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Estatísticas de eleição: resultados. Brasília: TSE, [s.d.]. Disponível em: <https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/r/seai/sig-eleicao-resultados/pain%C3%A9is-de-resultados?session=207085614056555>. Acesso em: 12 out. 2023.

CARVALHO, Daniel; SANTOS, Gervásio Ferreira dos. Ciclos políticos, socioeconomia e a geografia eleitoral do estado da Bahia nas eleições de 2006. Revista de Sociologia e Política, v. 23, n. 54, p. 109-135, jun. 2015. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1678-987315235407>. Acesso em: 18 ago. 2023.

CORADINI, Odaci Luiz. Categorias socioprofissionais, titulação escolar e disputas eleitorais. Revista de Sociologia e Política, v. 20, n. 41, p. 109-122, fev. 2012. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-44782012000100008>. Acesso em: 22 set. 2023

DANTAS, Paulo Fábio. “Surf” nas ondas do tempo: do carlismo histórico ao carlismo pós-carlista. Caderno CRH, Salvador, v. 16, n. 39, p. 213-255, 2003. Disponível em: <https://doi.org/10.9771/ccrh.v16i39.18643>. Acesso em: 22 out. 2023.

KEY, V. O. A theory of critical elections. The Journal of Politics, v. 17, n. 1, p. 3-18, 1955. Disponível em: <https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.2307/2126401>. Acesso em: 29 set. 2024.

MIGUEL, Luís Felipe. Capital político e carreira eleitoral: algumas variáveis na eleição para o Congresso brasileiro. Revista de Sociologia e Política, v. 20, p. 115-134, jun. 2003. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-44782003000100010>. Acesso em: 15 set. 2022.

______; BIROLI, Flávia. Práticas de gênero e carreiras políticas: vertentes explicativas. Revista Estudos Feministas, v. 18, n. 3, p. 363-385, dez. 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000300003>. Acesso em: 15 set. 2022.

NEIVA, Pedro; IZUMI, Maurício. Perfil profissional e distribuição regional dos senadores em dois séculos de história. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 29, n. 84, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-69092014000100011>. Acesso em: 15 jul. 2022

PEREIRA, Carla Galvão. O jogo entre elites e instituições: as estratégias políticas de ACM Neto e a tradição carlista. Caderno CRH, Salvador, v. 30, n. 80, p. 237-255, 2017. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2023.

PERISSINOTTO, Renato Monseff; MIRÍADE, Angel. Caminhos para o parlamento: candidatos e eleitos nas eleições para deputado federal em 2006. Dados, v. 52, n. 2, p. 301-333, jun. 2009. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0011-52582009000200002>. Acesso em: 22 jun. 2023.

______; MASSIMO, Lucas; COSTA, Luiz Domingos. Oligarquia competitiva e profissionalização política: o caso dos senadores brasileiros na Primeira República (1889-1934). Dados — Revista De Ciências Sociais, v. 60, n. 1, p. 79-110, jan.-mar. 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/001152582017115>. Acesso em: 22 jun. 2023.

RIBEIRO, Ricardo Luiz Mendes. Decadência longe do poder: refundação e crise do PFL. Revista de Sociologia e Política, v. 22, n. 49, p. 5-37, mar. 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-44782014000100002>. Acesso em: 25 out. 2023.

RODRIGUES, Leôncio Martins. Partidos, ideologias e composição social. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n. 48, fev. 2002. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-69092002000100004>. Acesso em: 21 out. 2023.

SAMUELS, David; ZUCCO JR., Cesar. Lulismo, petismo, and the future of Brazilian politics. Journal of Politics in Latin America, v. 6, n. 3, p. 129-158, December 1, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/1866802X1400600306>. Acesso em: 22 out. 2023.

SINGER, André. Os sentidos do lulismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Publicado

2024-11-02

Cómo citar

Passos, A. Q., & Silva, M. F. (2024). Entre elites: carlistas, lulistas e a configuração política da Bahia. Princípios, 43(170), 206–221. https://doi.org/10.14295/principios.2675-6609.2024.170.011