A natureza disruptiva da inteligência artificial no mundo do trabalho

Autores

  • Karoline Santos Rodrigues Universidade Estadual de Goiás - UEG
  • Olira Saraiva Rodrigues Universidade Federal de Goiás - UFG

Palavras-chave:

Teoria crítica da tecnologia, Plataformização, Inteligência artificial, Trabalho, Simbiose humano-máquina

Resumo

Este artigo tem o propósito de contribuir para o debate da inteligência artificial no mundo do trabalho com base em estudos epistemológicos. Compreender as potencialidades e os limites das diferentes tecnologias disruptivas, tais como a inteligência artificial, torna-se fundamental para realizar uma discussão coerente sobre as mudanças e transformações no emprego do futuro, bem como sobre o efeito (fenômeno) da inteligência artificial no mundo do trabalho sob a perspectiva da teoria crítica da tecnologia. A metodologia ado- tada envolve pesquisa bibliográfica que articula contribuições de autores vinculados a essa teoria, como Andrew Feenberg, Marteen Verkerk, Cláudia Araújo e Jerônimo Portes, e de estudiosos da inteligência artificial, como Lúcia Santaella e Dora Kaufman, esta- belecendo ainda aproximações com o mundo do trabalho a partir das contribuições de Klaus Schwab, Kai-Fu Lee e Chen Qiufan. A partir da análise da teoria crítica da tecnologia, identificamos que nas profissões de perfil associal e criativo, a IA desempenha um papel ambivalente. Por um lado, pode automatizar tarefas repetitivas, possibilitando que profissionais criativos se concentrem em aspectos mais subjetivos e inovadores. Por outro, reforça desigualdades em contextos precarizados, de baixa proteção trabalhista e renda instável, nos quais a ausência de controle, acesso e regulação intensifica formas de dependência e exclusão. Estamos perante uma simbiose entre as capacidades humanas e as da IA, caracterizando a reconfiguração do trabalho com a finalidade de colaboração de forma integrada.

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Biografia do Autor

Karoline Santos Rodrigues, Universidade Estadual de Goiás - UEG

Mestra pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da Universidade Estadual de Goiás (PPG-Ielt/UEG). Especialista em Ensino de Humanidades e Linguagens pelo Instituto Federal de Brasília (IFB). Especialista em Cultura Digital e Formação de Professores pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Graduada em Pedagogia pela Faculdade Albert Einstein.

Olira Saraiva Rodrigues, Universidade Federal de Goiás - UFG

Pós-doutora pelo Departamento de Ciências da Comunicação e da Informação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Flup, Portugal). Pós-doutora em Estudos Culturais pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutora em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Mestra em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Graduada em Letras pela UEG.

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Publicado

2025-12-26

Como Citar

Rodrigues, K. S., & Rodrigues, O. S. (2025). A natureza disruptiva da inteligência artificial no mundo do trabalho. Princípios, 44(173), 66–84. Recuperado de https://revistaprincipios.emnuvens.com.br/principios/article/view/634