Junho de 2013 lido a parir do prisma das revoluções coloridas

Palavras-chave: Junho de 2013, revolução colorida, guerra híbrida, ideologia, imperialismo

Resumo

O objetivo geral do artigo é analisar os protestos de junho de 2013 no Brasil a partir da tese de que eles constituíram uma operação de guerra híbrida, mais precisamen- te, uma revolução colorida. Ele tem três objetivos específicos. O primeiro é discutir o contexto geopolítico em que ocorreram os protestos. O segundo, definir guerra híbrida e revoluções coloridas, abordando os fundamentos teóricos e históricos que concorreram para a elaboração dessa modalidade de operação. O terceiro é analisar os eventos de junho de 2013 com ênfase no trabalho de alguns aparelhos ideológicos da burguesia brasileira e do imperialismo, considerando o trabalho acumulado e o desempenhado quando as manifestações aumentaram de proporção. Afora a intro- dução e as considerações finais, este artigo está dividido em três seções, cada uma voltada para um dos objetivos específicos. A conclusão a que se chega é que a forma como os protestos se transformaram decorreu do fato de que setores da direita brasi- leira atuaram sob uma coordenação típica de revolução colorida.

Biografia do Autor

Mateus Mendes, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutorando em Economia Política Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor na rede municipal de Duque de Caxias (RJ). Autor de Guerra híbrida e neogolpismo: geopolítica e luta de classes no Brasil (2013-2018), publicado pela editora Expressão Popular em 2022. Vencedor da bolsa-prêmio do Instituto Lula para “Estudos sobre temas de fronteira” (2022) para desenvolver a pesquisa “O uso das tecnologias da informação e comunica- ção a serviço de um Brasil soberano, desenvolvido e igualitário”.

Publicado
2023-08-28
Como Citar
Mendes, M. (2023). Junho de 2013 lido a parir do prisma das revoluções coloridas . Princípios, 42(167), 104 - 125. https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2023.167.006