A fundação do Partido Comunista do Brasil

Palavras-chave: Partido Comunista do Brasil, Marxismo, Classe Operária

Resumo

O objetivo central deste estudo é reconstituir o processo de formação do Partido Comunista do Brasil — desde os primórdios do movimento operário brasileiro até os seus primeiros anos de vida —, identificando as causas do seu surgimento e as razões que viabilizaram a sua permanência até hoje, apesar das incontáveis tentativas (externas e internas) de liquidá-lo. A principal hipótese de trabalho é que o surgimento do Partido Comunista do Brasil não foi algo artificial, fruto da “vontade” de alguns indivíduos ou “uma ideia trazida de fora”, “criação da Internacional Comunista”, mas refletiu uma necessidade objetiva, decorrente da evolução social do Brasil — que em 1922 se encontrava em um momento de rupturas — e do desenvolvimento de sua classe operária. Na visão de Marx, correspondeu à conversão do proletariado de “classe em si” para “classe para si”. O método de análise utilizado foi o materialismo histórico e dialético. A conclusão que emerge deste estudo é que a continuidade do Partido Comunista do Brasil — apesar de todas as perseguições sofridas — expressa a existência objetiva de espaço político para um projeto de transformação radical e revolucionária da sociedade capitalista brasileira, distinto dos projetos reformistas da burguesia e da pequena burguesia.

Biografia do Autor

Raul K. M. Carrion, Fundação Maurício Grabois - FMG

Graduado em História pela Universidade Federal do RS (UFRGS), tem Especialização em História Afro-Asiática pelas Faculdades Porto-Alegrenses (FAPA). Atualmente é Presidente da Fundação Maurício Grabois no RS. Militante do PC do Brasil há 52 anos, foi vereador de Porto Alegre em três legislaturas e deputado estadual do RS em duas legislaturas, pelo PCdoB. Presidiu o PCdoB em Porto Alegre e no RS. É autor, co-autor ou organizador de diversos livros e publicações.

Publicado
2022-02-06
Como Citar
Carrion, R. K. M. (2022). A fundação do Partido Comunista do Brasil. Princípios, 41(163), 9 - 62. https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2022.163.002