Transição (agro)ecológica na reconstrução pós-pandemia
uma resposta às crises ecológica e sanitária
Resumo
Diante da afirmação de cientistas e especialistas em meio ambiente de que a crise ecológica está entre as principais causas das epidemias e que, sem atacar as causas, tudo indica que a Covid-19 não será o último sobressalto patogênico do planeta, questionamos: que conexões podem ser apontadas entre as crises ecológica e sanitária e como atacar as causas? Esta questão inicial gerou uma série de reflexões apresentadas neste artigo, que podem ser sintetizadas em três objetivos: a) estabelecer a conexão entre as crises ecológicas e sanitária no contexto do capitalismo que vive o auge de uma crise econômica; b) apresentar o quadro de retrocessos e quebra das balizas de proteção ambiental no Brasil de hoje; c) propor o planejamento de uma transição (agro)ecológica que venha a integrar, transversalmente, um projeto de reconstrução do país no pós-pandemia, tendo como horizonte uma nova sociabilidade e atualizando os debates acerca da Teoria da Transição.