Um mundo policêntrico só será possível pela intervenção da “sexta grande potência”

Autores

  • Paris Yeros Universidade Federal do ABC - UFABC

DOI:

https://doi.org/10.14295/principios.2675-6609.2025.172.012

Palavras-chave:

Policentrismo. Multipolaridade. Transição sistemática. Des- conexão. Reservas de trabalho.

Resumo

A intervenção das forças populares — o que Marx chamou de “sexta grande potência”, em referência às cinco grandes potências europeias de seu tempo — continua sendo fundamental para a atual transição sistêmica. Este artigo busca esclarecer o caráter e a evolução da contradição entre o imperialismo e os trabalhadores do Terceiro Mundo. Baseando-se na noção de policentris- mo de Samir Amin, argumenta-se que a transição atual, marcada pelo declí- nio prolongado do sistema capitalista, ainda pressupõe a “desconexão” da lei mundial do valor e a busca por caminhos de desenvolvimento soberano em bases populares. Tal transição só pode ser alcançada por meio da intervenção de trabalhadores e camponeses nas periferias do sistema. Elementos-chave da atual rivalidade sistêmica são discutidos para iluminar os desafios, com foco especial na expansão das reservas de mão de obra e no caráter das formações sociais periféricas hoje.

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Biografia do Autor

Paris Yeros, Universidade Federal do ABC - UFABC

Professor adjunto da Universidade Federal do ABC (UFABC) nos bacharela- dos em Ciências Econômicas e Ciências & Humanidades e na pós-graduação em Economia Política Mundial. Membro do Núcleo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros (Neab-UFABC), pesquisador associado do Instituto Africano Sam Moyo para Estudos Agrários (Zimbábue) e editor do periódico científico internacional Agrarian South: Journal of Political Economy (ed. Sage-Índia). Seus interesses de pesquisa incluem África contemporânea e relações agrárias e de trabalho na economia mundial.

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Publicado

2025-06-08 — Atualizado em 2025-06-09

Versões

Como Citar

Yeros, P. (2025). Um mundo policêntrico só será possível pela intervenção da “sexta grande potência”. Princípios, 44(172), 243–270. https://doi.org/10.14295/principios.2675-6609.2025.172.012 (Original work published 8º de junho de 2025)