Uma nova formação socioeconômica?
Reflexões filosóficas sobre a “nova economia do projetamento” da China
DOI:
https://doi.org/10.14295/principios.2675-6609.2025.172.002Palavras-chave:
Nova economia do projetamento, China, Pensamento marxista chinês, . Análise de contradições, Transformação dialéticaResumo
Este artigo busca fornecer uma estrutura filosófica mais abrangente para o modelo de “nova economia do projetamento” na China. Desenvolvida por uma equipe de pesquisa composta de economistas políticos e cientistas so- ciais, a “nova economia do projetamento” oferece uma estrutura teórica ino- vadora para interpretar a realidade da China. No entanto, é necessária uma análise filosófica mais extensa do que está em jogo. Nesse sentido, o presente artigo é subdividido em duas seções principais. A primeira fornece uma crítica geral acerca da mudança do antigo projetamento — como inicialmente proposto pelo economista brasileiro Ignácio Rangel —, bem como os pontos-chave do “novo projetamento” da China. A segunda seção pretende conectar a proposta da equipe de pesquisa com a análise filosófica marxista chinesa, em termos do desenvolvimento da análise de contradições, da reconstrução da história econômica da China desde 1949 e da transformação dialética (Aufhebung) tanto do planejamento quanto do mercado na nova era. Destaca-se, por fim, que o próximo passo deve ser um maior envolvimento da equipe de pesquisa do cha- mado “projetamento” com acadêmicos e formuladores de políticas públicas chineses, pois isso levaria ao progresso mútuo por meio da complementarida- de e da diferença.