Transição energética, Nova Indústria Brasil e o papel do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Finep

Autores

  • Newton Kenji Hamatsu Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
  • Elias Ramos de Souza Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) https://orcid.org/0000-0002-9331-6906

Palavras-chave:

Transição energética, Política industrial, Política de inovação, Financiamento da inovação, NIB

Resumo

Dado que o mundo valoriza cada vez mais a produção industrial com menor pegada de carbono, o Brasil apresenta diversas vantagens devido à sua matriz energética mais limpa, sua maior competitividade na produção de energia solar e eólica, sua liderança na produção de biocombustíveis e suas reservas de minerais críticos. A partir do lançamento da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial com mais de R$ 300 bilhões em financiamentos anunciados para o período 2023-2026, o país estabelece um conjunto de ações para potencializar o desenvolvimento de tecnologias e fortalecer o setor industrial. A NIB baseia-se em princípios de política industrial internacionalmente consagrados, como o foco em missões, a centralidade do desenvolvimento tecnológico e uma maior coordenação e articulação entre as agências de governo. Nesse contexto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ganha protagonismo, fortalece o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e estabelece as diretrizes para a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação no período 2023-2030. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) deverá aplicar R$ 50 bilhões no âmbito da NIB, priorizando a indução a projetos estruturantes de elevado grau de inovação e relevância econômico-social e visando à transição energética e a descarbonização da economia. Este artigo discute o contexto internacional, bem como as políticas e ações supracitadas, buscando apresentar os liames entre neoindustrialização e transição energética. 

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Biografia do Autor

Newton Kenji Hamatsu, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

Newton Hamatsu é doutor em Economia da Indústria e da Tecnologia (UFRJ), mestre em Teoria Econômica (Unicamp), graduado em Relações Internacionais (USP). Realizou intercâmbio acadêmico de um ano na Universidade de Helsinki (Finlândia). É membro do Conselho Curador do CPqD; representante da Finep no Conselho Gestor do Funttel; representante da Finep no Conselho Superior da Câmara Brasileira da Indústria 4.0; e representante da Finep no Comitê de Inovação da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). 

Elias Ramos de Souza, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

Doutor em Biofísica pela UFRJ, bacharel e mestre em Física pela UFBA, é professor sênior voluntário do Instituto Federal da Bahia e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Difusão do Conhecimento (PPGDC). Com vasta experiência em Biofísica Molecular e Modelagem Computacional de Sistemas Biológicos e em Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação, tem inúmeros artigos publicados e patentes depositadas nas áreas de energia, biotecnologia, recuperação avançada de petróleo, gestão do conhecimento, propriedade intelectual e inovação tecnológica, já tendo atuado como pesquisador da Universidade Livre de Bruxelas. Foi ainda diretor de Inovação da Finep, em 2015, de Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia e Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Atualmente é Diretor de Inovação da FINEP.

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Publicado

2024-11-02

Como Citar

Hamatsu, N. K. H., & Souza , E. R. de. (2024). Transição energética, Nova Indústria Brasil e o papel do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Finep. Princípios, 43(170), 52–79. Recuperado de https://revistaprincipios.emnuvens.com.br/principios/article/view/483