Um prelúdio para o regresso do capital monopolista
O hibridismo de Lukács na construção da alternativa chinesa ao sistema do capital
DOI:
https://doi.org/10.14295/principios.2675-6609.2025.172.011Palavras-chave:
Hibridismo, China, Capital Monopolista, Lukács, Socialismo com Características ChinesasResumo
O papel da atuação estatal na economia tem sido redescoberto ao longo dos últimos anos. Embora o circuito do capital seja acelerado através das políticas anticíclicas dos bancos centrais do centro do capitalismo, não há adiamento perpétuo das contradições subjacentes à reprodução capitalista. O capital não pode se tornar, por um mero ato de ofício, mais capital. Se a reprodução capi- talista depende necessariamente da continuidade da expansão dos capitais, é também verdade que essa mesma reprodução não se desprende da materiali- dade, embora busque perpetuamente dela afastar-se. A transição ao socialismo na China toma a forma do socialismo de mercado. Este artigo relaciona o con- ceito de hibridismo de Lukács e a sua relação com a transformação da econo- mia chinesa. O texto se divide em dois grandes tópicos. O primeiro deles traz o hibridismo enquanto conceito marxista. O outro centro magnético é uma abor- dagem da atualidade histórica do capital monopolista. Caracterizá-lo implica necessariamente uma revisão do desenvolvimento teórico do conceito, para, na sequência, se poder abordar a raiz central do texto: uma vez que o hibridismo de modos de produção se expressou já na primeira natureza do capital mono- polista, resta saber de que forma se apresentaria na atualidade histórica.