A resistência das comunidades indígenas e a luta pela demarcação de terras
Resumo
Este artigo busca refletir sobre o contexto de luta e resistência das comunidades indígenas brasileiras, sobretudo no processo de demarcação de Terras Indígenas, o qual se agravou com o descaso do Governo Bolsonaro (2019-2022) e refletir sobre o novo governo de Lula. O político, eleito sob discurso contrário à demarcação de terras, deu continuidade à política de enfraquecimento dos indígenas e valorização do agronegócio, inculcada no país desde o início da tomada de terras pelos europeus no século XVI. O estudo evidenciou que a flexibilização da proteção dos direitos indígenas e a omissão do Governo Federal sob a gestão bolsonarista incentivou os criminosos, em sua maioria, mineradores e latifundiários, resultando na precariedade de questões básicas para a sobrevivência humana, sobretudo nas comunidades indígenas mais isoladas, criando uma situação de crise humanitária, como o caso da comunidade Yanomami, localizada nos estados do Amazonas e Roraima. Atualmente, o governo Lula (2023-2026) e entidades não-governamentais buscam uma solução para o problema, expulsando os criminosos e enviando alimentos e medicamentos. O estudo encontra respaldo em bibliografias, dados do IPEA e em reportagens. Diante disto, fortalecer órgãos de proteção aos indígenas, como a FUNAI, são de extrema importância para garantir a demarcação de terras, assim como a criação de políticas públicas de assistência e a sobrevivência das comunidades.