As esquerdas na América Latina e as razões da resiliência do Foro de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2023.167.007Palavras-chave:
Partidos de esquerda, América Latina, Internacionalismo, Foro de São Paulo.Resumo
O presente artigo realiza uma reflexão sobre a atuação dos partidos e movimentos políticos de esquerda da América Latina, procurando estabelecer algumas pautas de análise sobre as características distintivas, os fatores e as razões da resiliência do Foro de São Paulo (FSP), organização internacionalista de partidos políticos de esquerda latino-americanos e caribenhos. Ao mesmo tempo em que o singularizam, essas características explicam também a sua existência durante 33 anos e a sua expectativa de vida. As cinco razões que dão identidade ao FSP e o sustentam como experiência histórica resiliente foram desenvolvidas durante os tópicos do artigo. Utilizamos uma metodologia que começou com a coleta de documentos e outros dados originados nas resoluções e atas ao longo dos seus Encontros, reuniões do Grupo de Trabalho (GT), comissões e missões a vários países. Posteriormente realizamos um exercício de sistematização de experiências, e procuramos sintetizar as causas que, a nosso ver, têm sido determinantes para essa atualidade, relevância e permanência dos trabalhos do Foro de São Paulo, sem pretender que sejam consideradas como as únicas causas ou que se configurem um ponto final de análise. Ao contrário, o trabalho é uma continuação de outros já desenvolvidos e tem como aspiração ser um ponto de partida, e não de chegada, para provocar novos diagnósticos e avaliações sobre o tema.