O lawfare como máquina de guerra
O caso Lula
Palavras-chave:
Máquina de guerra, Lawfare, participação, ações coletivas, neoliberalismoResumo
O artigo discute as dinâmicas dos movimentos sociais e ações coletivas, especialmente no Brasil e na América Latina, ante o avanço de forças conservadoras e políticas neoliberais. O foco é a análise do lawfare sofrido por Lula, contextualizado na teoria da máquina de guerra, de Deleuze e Guattari. Essa teoria se refere a uma entidade nômade que desafia dispositivos de controle estatais e segue uma lógica de resistência e liberdade. Propõe-se aqui a aplicação dessa noção à análise do neoliberalismo, que manipula forças sociais para seu próprio benefício. Na lógica neoliberal, a máquina de guerra visa à acumulação de capital, mobilizando todos os aspectos da vida social. Contudo, essa “máquina” pode resistir ao poder ou ser cooptada por ele, como demonstrado em cenários de guerra civil e conflitos contemporâneos. O lawfare, guerra legal usada para enfraquecer adversários políticos por meios legais, é um exemplo da relação entre a máquina de guerra e o Estado. Instituições e processos jurídicos são usados para atender a interesses políticos e consolidar o poder, como no caso Lula. Os conceitos de máquina de guerra e lawfare são essenciais para entender as lutas pelo poder na sociedade contemporânea e as complexas relações de resistência, captura e manipulação que moldam a política e a sociedade.