A “perifericidade” do Brasil e a dependência tecnológica em Ignácio Rangel
DOI:
https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2022.165.005Palavras-chave:
Progresso tecnológico, Desenvolvimento econômico brasileiro, PerifericidadeResumo
O objetivo deste artigo é demonstrar como se apresenta a questão tecnológica e a “perifericidade” do Brasil em Ignácio Rangel, ressaltando como as ideias do autor podem ser analisadas nos dias atuais. Rangel identificou como uma das grandes características da economia brasileira a coexistência de estruturas produtivas modernas e arcaicas, de forma desigual, no território nacional. O progresso tecnológico em economias periféricas acontece de forma distinta nas fases de ascensão e de depressão dos ciclos longos. Desenvolver instituições financeiras que viabilizem o crescimento de um ambiente “inovativo” no Brasil é um dos problemas apontados nos escritos de Rangel. Além disso, demonstramos neste artigo que a questão da dependência tecnológica em Rangel diferencia-se das interpretações convencionais dos adeptos da teoria da dependência, pois, apesar de algumas similaridades com as leituras da Cepal, a questão da dependência tecnológica brasileira é relativizada temporalmente e setorialmente por Ignácio Rangel.