Marxismo, imperialismo e a centralidade da questão nacional
DOI:
https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2022.165.002Palavras-chave:
Imperialismo; Questão Nacional; Marxismo; América Latina; DependênciaResumo
O presente artigo trata da relação entre o marxismo, a teoria do imperialismo e a centralidade da questão nacional para a luta dos povos situados em formações sociais dependentes, com atenção especial à América Latina. A teoria marxista enseja diversas controvérsias em relação ao conceito de nação, sendo tratada – nessa reflexão – como um elemento de caráter histórico e, portanto, submetido as contradições do desenvolvimento desigual e combinado de espraiamento global do modo de produção capitalista. O tema da questão nacional e colonial foi palco de disputas de concepções teóricas e táticas do movimento socialista desde os prenúncios da Primeira Guerra Mundial e segue como debate vivo no marxismo. Advogamos que pela forma como o imperialismo moldou – e segue moldando – uma estrutura deveras desigual entre centro e periferia, obstaculizando o desenvolvimento autônomo e soberano dos últimos, a luta de classe nos países periféricos e dependentes passa, necessariamente, pela afirmação da centralidade da questão nacional, como motor do desenvolvimento de conflitos que são, ao mesmo tempo, de natureza anti-imperialista e anticapitalista.