1922 - 2022
cem anos do sufragismo feminino no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2022.163.004Palavras-chave:
Mulheres, Voto, Sulfragismo, Direitos políticos, CidadaniaResumo
O artigo levanta os antecedentes da luta por direitos políticos para mulheres no Brasil, com destaque para a segunda metade do século XIX. Aborda e problematiza o ambiente político liberal-republicano dos anos que antecederam a República até a promulgação da Constituição de 1891, com destaque para os impedimentos à aprovação do voto feminino. Apresenta os principais nomes do sufragismo brasileiro do início do século XX, como Leolinda Daltro, Almerinda Gama, Celina Guimarães e Bertha Lutz, bem como suas esferas e métodos de atuação. Aponta as principais iniciativas legislativas que compuseram o cenário até 1922, quando da organização da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, e seu desenrolar ao longo da década até os anos 1930. Aborda os elementos fundamentais para a consolidação da liderança de Bertha Lutz a partir da influência do sufragismo estadunidense, e como sua notoriedade acabou por ofuscar a atuação de outras lideranças feministas. Faz uma reflexão sobre o quanto recontar a história de um século do sufragismo pode contribuir para as atuais reflexões do campo das lutas pelos direitos das mulheres no Brasil.