Acumulação primitiva socialista na China
uma visão alternativa das anomalias do “capitalismo” chinês
DOI:
https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2021.162.012Palavras-chave:
Capitalismo chinês, Acumulação primitiva socialista, Preobrazhensky, Empresas estatais, CorporativismoResumo
O sistema econômico chinês ainda não foi adequadamente explicado por nenhum modelo. As indústrias de exportação da China foram de início vistas como uma fonte de mão de obra barata, mas sua economia emergiu como um competidor sério no capitalismo avançado. No entanto, depois de décadas de reformas de mercado, o setor estatal da China, em vez de desaparecer ou ser marginalizado, tornou-se líder em setores estratégicos e motor do crescimento do país, focado em investimento. Cientistas políticos e economistas heterodoxos há muito tempo argumentam que a China é, na melhor das hipóteses, uma variante do capitalismo global. Este artigo discute teorias heterodoxas que concebem a China como parte do capitalismo global ou a veem como uma variedade do capitalismo. Ele então examina as anomalias do “capitalismo" chinês e sugere que a acumulação primitiva socialista — operando em conflito com a acumulação capitalista — oferece um quadro teórico mais apropriado para se estudar o desenvolvimento da China.