O Estado, o poder, o socialismo
um livro “reformista”?
DOI:
https://doi.org/10.4322/principios.2675-6609.2021.161.002Palavras-chave:
Poulantzas, Eurocomunismo, Estado relacional.Resumo
O artigo visa apontar a originalidade do conceito de Estado relacional e, por desdobramento, do conceito de estatismo autoritário, ambos abordados nas últimas obras de Nicos Poulantzas, especialmente no seu último livro, O Estado, o poder, o socialismo, de 1978. Distintamente do que sustentam algumas posições críticas a esse livro, Poulantzas não rompe com o arcabouço teórico althusseriano, e nem toma uma posição em defesa do reformismo político. Sua posição nessa sua obra derradeira é a defesa da via democrática para o socialismo, mas que não seria gradualista, pois incorporaria uma sucessão de rupturas e transformações num longo caminho para o comunismo e o fim do Estado.